sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Silêncio

Cecília Camargo


a pluma
evidencia o peso do ar

em leve murmúrio
cai

a alvura corta
a transparência
da luz
descortinando
sombras

a ausência de ruído
denuncia
o choque
com o solo
que estremece
a seu contato

gozo
da antítese

sublimação

4 comentários:

Chris Clown Oliveira disse...

Salve, salve a sutileza.
Assim é dificil não ver beleza.
Assim sempre é fácil se apaixonar.

Parabéns Cecília

Bjos
Chris

Rosane Oliveira disse...

Lindíssimo...vou passear por aqui muitas vezes...bjs

Assis de Mello disse...

Lindos poemas, Cecília. Leves, sutis e muito bem escritos. Parabéns. A você e ao Edson pela montagem do blog.
Abraços do Chico

José Carlos Brandão disse...

Olá, Cecília. Tudo bem? O blog está lindo. Os dois primeiros versos são um achado:

"a pluma
evidencia o peso do ar"

Como isso tem peso! Poesia de pedra - pedra preciosa.

Grande abraço,
Brandão.